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domingo, 27 de maio de 2012

Lista mostra presas escapando por pouco de virar comida de predadores

No Quênia, fotógrafo registrou fuga de boi após ataque de leoa.
Na África do Sul, filhote de foca escapou de ataque de tubarão branco.

Do G1, em São Paulo

Fotógrafos de vida selvagem costumam passar horas para tentar registrar confrontos entre predadores e presas. Abaixo, o G1 traz imagens de flagrantes que mostram presas escapando por pouco de virar comida.
Em 2011, O fotógrafo de vida selvagem Paolo Torchio flagrou um boi em uma luta desesperada para escapar de um ataque de uma leoa na reserva de Maasai Mara, no Quênia. A perseguição entre predador e presa demorou 3,2 segundos, e a leoa chegou a cravar suas garras no bovino. No final, no entanto, o boi conseguiu fugir de virar refeição do grande felino. (Foto: Paolo Torchio/Barcroft USA/Getty Images) 
 
Em 2011, o fotógrafo Paolo Torchio flagrou um boi em uma luta desesperada para escapar de um ataque de uma leoa na reserva de Masai Mara, no Quênia. A perseguição entre predador e presa demorou 3,2 segundos, e a leoa chegou a cravar suas garras no bovino. (Foto: Paolo Torchio/Barcroft USA/Getty Images)
No final, boi conseguiu fugir de virar refeição do grande felino. (Foto: Paolo Torchio/Barcroft USA/Getty Images) 
 
No final, boi conseguiu fugir de virar refeição do grande felino. (Foto: Paolo Torchio/Barcroft USA/Getty Images)
Em 2010, uma leoa foi flagrada em uma reserva na Tanzânia tentando devorar um pangolim, que escapou de virar comida ao se enrolar como se fosse uma bola. O grande felino tentou de todas as formas superar a defesa do pangolim, mas sem sucesso. (Foto: Mark Sheridan-Johnson/Barcroft Media/Getty Images) 
 
Em 2010, uma leoa foi flagrada em uma reserva na Tanzânia tentando devorar um pangolim, que escapou de virar comida ao se enrolar como se fosse uma bola. O grande felino tentou de todas as formas superar a defesa do pangolim, mas sem sucesso. (Foto: Mark Sheridan-Johnson/Barcroft Media/Getty Images)
Em 2010, O fotógrafo Martin Nyfeler capturou o exato momento em que um crocodilo mordeu a tromba de uma elefanta quando ela tomava água em um rio no Parque Nacional de South Luangwa, em Zâmbia. Após lutar, a elefanta, que estava com seu filhote, conseguiu se soltar do ataque do réptil. (Foto: Martin Nyfeler/Barcroft Media/Getty Images) 
 
Em 2010, o fotógrafo Martin Nyfeler capturou o exato momento em que um crocodilo mordeu a tromba de uma elefanta quando ela tomava água em um rio no Parque Nacional de South Luangwa, em Zâmbia. Após lutar, a elefanta, que estava com seu filhote, conseguiu se soltar do ataque do réptil. (Foto: Martin Nyfeler/Barcroft Media/Getty Images)
Em 2011, um gnu escapou de virar comida de um crocodilo no parque nacional de Masai Mara, no Quênia, após dar um salto e se livrar das presas do predador. A cena impressionante foi registrada pelo fotógrafo Andrey Gudkov, segundo o jornal inglês 'Daily Telegraph'. (Foto: Reprodução/Daily Telegraph) 
 
Em 2011, um gnu escapou de virar comida de um crocodilo no parque nacional de Masai Mara, no Quênia, após dar um salto e se livrar das presas do predador. A cena impressionante foi registrada pelo fotógrafo Andrey Gudkov, segundo o jornal inglês 'Daily Telegraph'. (Foto: Reprodução/Daily Telegraph)
Em 2010, o fotógrafo Chris Fallows registrou o exato momento em que um filhote de foca conseguiu escapar de um ataque de um tubarão branco de mais de três metros de comprimento em False Bay, na Cidade do Cabo (África do Sul).  (Foto: Barcroft Media/Getty Images) 
 
Em 2010, o fotógrafo Chris Fallows registrou o exato momento em que um filhote de foca conseguiu escapar de um ataque de um tubarão branco de mais de três metros de comprimento em False Bay, na Cidade do Cabo (África do Sul). (Foto: Barcroft Media/Getty Images)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Robôs de DNA irão transportar anticorpos para células doentes

por Andressa Basílio
O combate ao câncer e a doenças autoimunes, como diabetes e esclerose múltipla, deve ganhar um pequeno aliado que fará grande diferença na chance de cura. Estudiosos do Instituto de Pesquisas Biofísicas de Harvard estão desenvolvendo um nanorrobô feito de DNA dobrado que será capaz de transportar anticorpos até as células doentes do corpo e, assim, estimular sua autodestruição.

Os pesquisadores usam uma nova tecnologia batizada de origami de DNA. Assim como a dobradura japonesa, fitas de nosso código genético são quimicamente combinadas de modo a formar um nanorrobô em formato de concha. Dentro dele, são colocados anticorpos que viajam pela corrente sanguínea. Ao se deparar com uma célula danificada, a concha se abre, liberando anticorpos previamente selecionados de acordo com o tipo de doença que se quer atingir.

Uma das vantagens do tratamento é não matar células saudáveis. “As chances de sucesso são maiores e os efeitos colaterais quase inexistentes”, diz Shawn Douglas, um dos coordenadores da pesquisa.

Futuramente, os robôs também poderão transportar medicamentos até as células doentes. Mas há pelo menos 10 anos de estudos à frente até que a tecnologia chegue ao mercado. “Nosso maior desafio é evitar que o organismo se defenda e combata o nanorrobô”, diz Douglas. Se tudo ter certo, em vez de químicos pesados, nosso próprio sistema imunológico poderá nos defender. Não contavam com sua astúcia.

.Editora Globo
Editora Globo


domingo, 20 de maio de 2012

Veja duelos de animais em que a presa levou a melhor sobre predador

Em Botsuana, fêmea de javali fez leopardo fugir.
Na Austrália, aranha foi fotografada devorando cobra.

Do G1, em São Paulo

Nem sempre o predador leva a melhor em confrontos na natureza. Abaixo, o G1 lista alguns duelos surpreendentes em que o predador se dá mal e vira a presa.
Em 2010, o fotógrafo britânico Mike Bailey flagrou uma luta entre um leopardo e uma fêmea de javali em uma área do rio Kwando, em Botsuana. Para surpresa de Bailey, a javali se defendeu e venceu a batalha que durou cerca de 10 minutos.  (Foto: Mike Bailey/Barcroft Media/Getty Images) 
 
Em 2010, o fotógrafo britânico Mike Bailey flagrou uma luta entre um leopardo e uma fêmea de javali em uma área do rio Kwando, em Botsuana. Para surpresa de Bailey, a javali se defendeu e venceu a batalha que durou cerca de 10 minutos. (Foto: Mike Bailey/Barcroft Media/Getty Images)
Em abril deste ano, o australiano Ant Hadleigh flagrou uma aranha devorando uma cobra em uma mata em Freshwater, Queensland, na Austrália. (Foto: Reprodução) 
 
Em abril deste ano, o australiano Ant Hadleigh flagrou uma aranha devorando uma cobra em uma mata em Freshwater, Queensland, na Austrália. (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2009, o australiano Ian Hamilton fotografou um sapo devorando uma cobra em Mackay (Austrália). (Foto: Reprodução) 
 
Em dezembro de 2009, o australiano Ian Hamilton fotografou um sapo devorando uma cobra em Mackay (Austrália). (Foto: Reprodução)
Um vídeo publicado na web em janeiro mostra um gato enfrentando um aligátor (jacaré americano). O felino chega a bater com a pata na cabeça do predador. O gato não recua mesmo depois de o réptil avançar para comer alguns pedaços de carne. (Foto: Reprodução) 
 
Um vídeo publicado na web em janeiro deste ano mostra um gato enfrentando um aligátor (jacaré americano). O felino chega a bater com a pata na cabeça do predador. O gato não recua mesmo depois de o réptil avançar para comer alguns pedaços de carne. (Foto: Reprodução)
Em 2011, um cachorro foi filmado atacando um tubarão na cidade australiana de Broome. A cena foi filmada no dia 1º de junho pelo cinegrafista Russell Hood-Penn e divulgada nesta quarta-feira (20) pela agência "Reuters". As imagens mostram o cão nadando com os tubarões na parte rasa da praia, quando ele mergulha e parece morder um dos predadores. (Foto: Russell Hood-Penn/Reuters) 
 
Em 2011, um cachorro foi filmado atacando um tubarão na cidade australiana de Broome. As imagens mostram o cão nadando com os tubarões na parte rasa da praia, quando ele mergulha e parece morder um dos predadores. (Foto: Russell Hood-Penn/Reuters)
Em um vídeo de 2011, um esquilo foi filmado atacando uma cobra-touro O roedor morde diversas vezes o réptil, apesar dos ataques do rival. No final, a cobra tenta fugir, mas o esquilo não desiste. (Foto: Reprodução) 
 
Em um vídeo de 2011, um esquilo foi filmado atacando uma cobra-touro O roedor morde diversas vezes o réptil, apesar dos ataques do rival. No final, a cobra tenta fugir, mas o esquilo não desiste. (Foto: Reprodução)

domingo, 13 de maio de 2012

Artista cria ponte com 8 mil garrafas plásticas sobre açude na Paraíba

Estrutura é montada no Açude Velho, em Campina, neste fim de semana.
Objetivo é conscientizar moradores para riscos da poluição do ambiente.

Do G1 PB

Ponte de garrafas pet é montada no Açude Velho, em Campina Grande (PB) (Foto: Denise) 
Expectativa é de que travessia seja aberta à população no domingo (13) 
(Foto: Denise Delmiro/TV Paraíba)
Um artista plástico monta neste fim de semana, em Campina Grande, uma ponte de 150 metros de comprimento, composta por oito mil garrafas plásticas e outros materiais reciclados retirados do lixo. A estrutura começou a ser instalada na sexta-feira (11) no principal cartão postal da cidade, o Açude Velho, construído há mais de 180 anos. A previsão é de que o trabalho seja concluído no domingo (13) para que os moradores e visitantes da cidade possam participar da aventura.
Ponte de 150 metros de comprimento está em fase de finalização (Foto: Flávio Roberto/TV Paraíba) 
 
Ponte de 150 metros de comprimento está em fase de
finalização (Foto: Flávio Roberto/TV Paraíba)
As travessias serão acompanhadas por uma equipe do Corpo de Bombeiros, que ficará até o dia 20 de maio na passarela dando apoio com coletes salva-vidas e monitorando as visitas. A passarela liga duas margens do Açude Velho, do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) à Casa da Cidadania, na Avenida Doutor Severino Cruz.
A iniciativa tem apoio de voluntários e é coordenada pelo artista plástico Jarrier Alves, que nasceu em Brasília, mas mora na capital paraibana, João Pessoa. Segundo ele, o projeto é uma intervenção artística de cunho ecológico.
O objetivo é chamar atenção da população e das autoridades para o problema da poluição do meio ambiente e a necessidade de revitalização do Açude Velho.
Segundo o artista, a instalação da ponte teve a consultoria do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e apoio da prefeitura de Campina Grande. Para ser viabilizado, o projeto foi financiado no valor de R$ 40 mil pelo Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC), um programa do governo estadual.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Pesquisadores descobrem nova espécie de aranha nos EUA

Nome da 'Myrmekiaphila tigris' foi homenagem à mascote da universidade. Espécie recém-descoberta é de família que tem parentesco com tarântulas.

Do Globo Natureza, em São Paulo

Aranha 'M. tigris', descoberta nos arredores da Universidade de Auburn, nos EUA (Foto: Universidade de Auburn/Divulgação)Macho da espécie de aranha 'M. tigris' (Foto: Universidade de Auburn/Divulgação)
Cientistas americanos divulgaram nesta terça-feira (8) a descoberta de uma nova espécie de aranha. A Myrmekiaphila tigris foi nomeada em homenagem à mascote da Universidade de Auburn, no estado do Alabama, que é um tigre. A descrição foi publicada pela revista científica “ZooKeys”.
A espécie recém-descoberta faz parte da família Ctenizidae, que é parente das tarântulas. Ela foi encontrada na própria cidade de Auburn, bem perto da própria universidade, nos fundos de uma conjunto habitacional, no mesmo bairro em que moram os pesquisadores Jason Bond e Charles Ray, que a descreveram. A descoberta demorou a ser feita porque a M. tigris é parecida com outra espécie de aranhas, a M. foliata. No entanto, exames mais detalhados, principalmente da genitália, mostraram diferenças entre elas. Testes de DNA confirmaram a separação entre as espécies.
Fêmea da espécie de aranha 'M. tigris' (Foto: Universidade de Auburn/Divulgação)Fêmea da espécie de aranha 'M. tigris' (Foto: Universidade de Auburn/Divulgação)

domingo, 6 de maio de 2012

A pele do futuro

Uma revolução promete deixar o envelhecimento no passado: as células tronco começam a ser usadas para amenizar rugas, aumentar os seios e também tratar da calvície. É o início de uma nova era

Por Carla Gullo
Folio-Id
Não é exagero dizer que a década de 80 marcou a história da beleza. Foi quando surgiu o uso do ácido retinoico e, com ele, o início de uma ciência que conhecemos hoje como Medicina Estética. Agredir a pele quimicamente para trazer uma nova à tona foi uma descoberta que inspirou tantas outras. Surgiram novos ácidos, menos e mais agressivos. O Botox, os preenchedores. E com base no princípio de regeneração da derme, aparelhos com laser e luz pulsada. Agora outra revolução — que atende pelo nome de terapia celular — promete deixar o envelhecimento como algo do passado.
Assim como estão sendo usadas em outras áreas da medicina, a dermatologia começa a lançar mão das células-tronco para tratar rugas, sulcos, flacidez e cicatrizes. O método é sofisticado e simples ao mesmo tempo. Com o passar dos anos, as células que garantem elasticidade e hidratação diminuem na derme (camada interna da pele) e com isso, surgem as rugas e os sulcos. O objetivo da terapia é repor essas células perdidas e com isso reparar os danos. Como? Essas células são encontradas em vários tecidos do corpo, especialmente nos adiposos. Então, o médico tira um pouco de gordura de lugares estratégicos como abdômen, bumbum, joelho e manda para o laboratório para ser processada. Lá, é separada em duas partes. Uma delas é armazenada em uma centrífuga, enquanto o restante é usado no processo de extração das células-tronco. Depois disso, as duas partes são misturadas novamente, resultando em uma estrutura de gordura com elevada concentração de células-tronco. Voltam para o médico e ele injeta em lugares que precisam ser reparados, em geral aqueles que perdem mais elasticidade como ao redor dos olhos, da boca, nos sulcos. “As células se multiplicam e geram novos tecidos. Como são do próprio corpo, não há risco de rejeição”, diz a dermatologista Marcela Vaccari, de São Paulo.
Silicone natural Esse mesmo princípio tem sido usado na Áustria e na Inglaterra para aumentar os seios. O método é semelhante ao da pele. No consultório médico, com o auxílio de uma agulha e anestesia local, essa mistura é injetada na base do seio da paciente. Antes de passar pelo procedimento, é necessário usar um expansor mamário, para garantir espaço para receber as células. De acordo com os especialistas que já utilizam o método, a vantagem é que ele deixa o resultado mais natural que o silicone. Além disso, seria mais eficaz que o antigo método de lipoenxertia (que injeta gordura de outra parte do corpo nas mamas). Isso porque as células-tronco não são reabsorvidas pelo organismo e ainda têm a capacidade de produzir fator de crescimento, estimulando novos vasos sanguíneos e potencializando a produção das células vizinhas. Boa parte dos médicos brasileiros, no entanto, ainda desconfia da novidade. “Os estudos mais recentes não mostram como o organismo reagiria ao longo do tempo. Acho que são necessárias mais pesquisas antes de aderir a essa metodologia”, afirma o cirurgião-plástico Carlos Fernando Gomes de Almeida, do Rio de Janeiro.
Os dermatologistas também são cautelosos no que diz respeito à técnica para o rejuvenescimento, embora muitos usem e aprovem os resultados. Mônica Aribi, de São Paulo, é um deles. “É muito novo, por isso é preciso analisar caso a caso. Só aplicamos em pacientes que já não têm resposta com outros métodos, por exemplo”, diz. O dermatologista Jardis Volpe, de São Paulo, concorda. “Dá viço e vitalidade à pele, mas não age em peles manchadas pelo sol. Acho que a técnica ainda vai se aperfeiçoar”.
Estudo Alguns especialistas são reticentes ao método por acreditarem que a multiplicação celular pode causar problemas na pele — inclusive tumor. Os estudos realizados até agora, entretanto, têm se mostrado positivos. É o que afirma Radovan Borojevic, diretor científico do Excellion, único laboratório autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para manipular células-tronco de gordura, Borojevic é entusiasta da técnica. “Foi aprovada pelo órgão americano FDA, que é bem rígido. Foram analisados mais de 100 mil casos de terapias celulares e não houve relato de qualquer efeito colateral”, diz. A dermatologista Marcela Vaccari, de São Paulo, também acredita que os riscos são pequenos. “São células-tronco adultas e não as embrionárias as quais se dividem mais e podem levar a um tumor, por exemplo. Neste caso, isso não acontece”. O método começa a dar resultados depois de três meses de aplicação. São três sessões por mês, com dez injeções cada — e o efeito dura pelo menos quatro anos. E, de acordo com Borojevic, também tem bons resultados contra flacidez. “Como aumenta a elasticidade da pele, melhora bem a aparência do pescoço, entre os seios e até mesmo nas mãos, que sempre mostram a idade”. Os especialistas preferem não falar em custo, mas sabe-se que um tratamento deste hoje sai em torno de R$ 15 mil.
Villiard Sabine (GMC)
Técnica mista O método pode ser associado a outros tratamentos, o que traz respostas ainda melhores. “As células processadas podem ser misturadas ao ácido hialurônico para preencher o sulco naso-labial (bigode chinês). O risco de rejeição ao ácido fica menor e os resultados duram mais”, diz Marcela. Uma pesquisa realizada na UFRJ acompanhou 15 voluntárias por um ano. Quatro foram tratadas apenas com ácido hialurônico para preencher rugas e sulcos. Outras seis receberam uma combinação do ácido com células-tronco. Nas cinco últimas foram injetadas somente células. “Nos casos em que é necessário preencher o sulco, a combinação com ácido hialurônico mostrou-se superior”, afirma Cesar Cláudio-da-Silva, professor de cirurgia plástica da UFRJ que coordenou a pesquisa. A razão é que o ácido garante o efeito de preenchimento imediato, dando às células injetadas tempo para se multiplicar — o que leva alguns meses.
Pesquisas avançadas O uso de tecidos adiposos na reparação da pele vem sendo estudado desde 1983, quando o médico alemão Franz Neuber publicou o primeiro trabalho sobre o assunto. As pesquisas também foram impulsionadas a partir dos resultados da lipoescultura, que foi usada há alguns anos e tem o mesmo princípio: retira-se tecido de um lugar para “moldar” outro. Os especialistas observaram que na região do corpo onde era injetada a gordura, a pele melhorava. Mas até então, não se sabia que existiam células-tronco em outros lugares do corpo a não ser no sangue. “Isso só foi descoberto em 2004, quando a pesquisadora francesa Patricia Zuk isolou as células-tronco da gordura”, diz Marcela Vaccari. Agora, o FDA aprovou também a técnica para tratar da calvície. “O cabelo volta a nascer. A aplicação poder ser injetável ou com um aparelho que faz microfurinhos no couro”, diz Mônica Aribi.
Juventude congelada No laboratório Excellion, localizado em Petrópolis, no Rio, Borojevic faz mais do que processar as células. Também congelam tecidos adiposos retirados, por exemplo, de uma lipoaspiração. Isso é bom para quem é jovem e deseja usar suas células para quando for mais velha. “As células de alguém de 20 são mais eficientes do que quem tem 60”, diz. “Mas quem fizer uma lipoaspiração aos 30, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as células guardadas para melhorar a pele envelhecida.”
Ação contra flacidez Outra técnica que utiliza as células-tronco poderá ser usada para tratar manchas brancas (difíceis de pigmentar) e cicatrizes. Neste caso, as células (fibroblastos) são retiradas da epiderme e não da gordura. “O método está sendo usado em queimados”, diz Borojevic. As células são incorporadas em gel com ácido hialurônico e colágeno e aplicados no lugar a ser tratado. Esses dois ingredientes permitem melhor aderência.
Os fibroblastos também estão sendo usados para amenizar a flacidez do rosto e pescoço porque, ao contrário da gordura, não preenche sulcos e cicatrizes, mas melhora a textura. A biomédica Lilian Piñero Eça, afirma que os resultados são bons. “Foi aplicado em meu rosto há três anos e estou muito feliz. Não pareço ter 57 anos e quanto mais o tempo passa, a pele fica melhor, porque os tecidos se renovam por ativarem os fibroblastos locais que formam o colágeno e a elastina. O uso das células-tronco, portanto, é promissor. É a garantia de uma pele jovem, livre de flacidez rugas sem precisar passar por cirurgia. Um sonho que vira realidade.

Casa é construída de cabeça para baixo na Áustria

Casa serve de atração na vila austríaca de Terfens.
Obra foi idealizada por Irek Glowacki e Rozhanski Marek.

Do G1, em São Paulo

Os arquitetos poloneses Irek Glowacki e Rozhanski Marek construíram uma casa de cabeça para baixo na vila austríaca de Terfens. O projeto foi criado para servir como uma nova atração turística na região. A casa, que está aberta para visitação pública, exibe, inclusive, móveis, objetos e até um carro de cabeça para baixo.
Casa exibe móveis, objetos e até um carro de cabeça para baixo. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters) 
Casa exibe móveis, objetos e até um carro de cabeça para baixo. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters)
Casa serve de atração na vila austríaca de Terfens. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters) 
Casa serve de atração na vila austríaca de Terfens. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters)
Casa foi criada pelos arquitetos poloneses Irek Glowacki e Rozhanski. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters) 
Casa foi criada pelos arquitetos poloneses Irek Glowacki e Rozhanski. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters)
Casa já está aberta para visitação pública. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters) 
Casa já está aberta para visitação pública. (Foto: Dominic Ebenbichler/Reuters)

sábado, 5 de maio de 2012

A “superlua”

por Cássio Barbosa |
sex, 04/05/12

Olhe no calendário desta semana, se você tem um daqueles que mostram as fases da Lua, vai ver que será Lua Cheia neste domingo (6). Na verdade, a Lua cheia ocorre às 0h35 de domingo, mas ela “começa” no entardecer de sábado e esta será uma “super” Lua Cheia.
Como assim, super?
Uma Lua cheia não é exatamente igual à outra. A órbita da Lua, assim como de todos os outros corpos celestes, não é exatamente um círculo, mas sim uma elipse. Algumas mais, outras menos pronunciadas, mas o fato é que a distância da Terra à Lua nunca é sempre a mesma sobre sua órbita. A posição em que a Lua está mais próxima da Terra chama-se perigeu. O oposto, quando a Lua está mais afastada, chama-se apogeu. A diferença entre apogeu e perigeu é de uns 50 mil km. Todas a vezes em que ocorre uma Lua Cheia em um perigeu, ela parece maior e mais brilhante. É isso o que vai acontecer neste fim de semana. O termo científico para esse fenômeno é “Lua do perigeu”.
Nesse final de semana, a Lua estará cheia exatamente 1 minuto após ter passado pelo seu perigeu e dessa maneira ela parecerá 14% maior e 30% mais brilhante do que todas as outras Luas Cheias do ano. Mas será que vai dar para perceber? Bem, esta é uma pergunta difícil de se responder, pois não haverá outra Lua Cheia no céu para comparar. A melhor hora para se observar uma Lua do perigeu é quando ela está nascendo, na linha do horizonte. Por razões ainda não totalmente compreendidas pelos astrônomos – nem pelos psicólogos – a Lua parece ser exageradamente grande quando próxima do horizonte. Desta vez, essa ilusão de óptica irá potencializar o efeito do tamanho extra desta Lua Cheia. Ótima oportunidade para se tirar fotos bonitas e impressionantes.
Fora isso, são esperadas marés mais altas que o normal, mas apenas 5 cm mais altas. Em casos extremos, 15 cm no máximo.
Por falar em oportunidade, aqui vão duas dicas de cursos introdutórios de astronomia ministrados pelos meus colegas da USP. Um deles é voltado para o público em geral, com mais informações em http://www.astro.iag.usp.br/eventos/introducao_aa_2012.htm
O outro é voltado para professores, com mais informações em: http://www.astro.iag.usp.br/eventos/visaogeral2012.htm
Valem a pena!