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terça-feira, 29 de março de 2011

Mulher recebe transplante de mão completo nos Estados Unidos

Cirurgia durou 19 horas e foi realizada em hospital universitário de Atlanta.
Linda Lu, de 21 anos, vai passar mais 3 meses na cidade para recuperação.

Mão transplante EUA 2 (Foto: Jack Kearse / Universidade Emory) 
O órgão recebido pela estudante de 21 anos em
Atlanta (Foto: Jack Kearse / Universidade Emory)
Uma mulher de 21 anos recebeu um transplante completo de mão em Atlanta, nos Estados Unidos, segundo anunciou a Escola de Medicina da Universidade Emory na segunda-feira (28). A estudante Linda Lu passou por uma cirurgia de 19 horas no dia 12 de março para poder contar com a “nova” mão. O material veio de um doador não identificado.
Duas equipes – uma dedicada à paciente e outra, à mão do doador – participaram da operação que terminou já no dia 13. Liderados pela médica Linda Cendales, cirurgiões, anestesiologistas, enfermeiras e auxiliares integraram o grupo, que conectou ossos, tendões, nervos, vasos sanguíneos e a pele do membro em Linda Lu.
A paciente ainda vai passar mais três meses em Atlanta para se recuperar do procedimento. Para Cendales, a cirurgia é uma esperança a pessoas que perdem mãos e braços, lembrando do caso de militares a serviço dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque.
Histórico da cirurgia
Segundo a universidade, o primeiro transplante de mão foi realizado em 1964 no Equador, antes do desenvolvimento de imunossupressores – remédios que combatem o ataque por parte do corpo do paciente ao órgão recebido. O receptor, um marinheiro, precisou amputar o novo membro duas semanas após a operação por causa da rejeição aos tecidos transplantados.
Mão transplante EUA 1 (Foto:  Jack Kearse / Universidade Emory) 
Linda Lu e a médica Linda Cendales em Atlanta
(Foto: Jack Kearse / Universidade Emory)
A segunda tentativa aconteceu anos mais tarde, em 1998, na França. O paciente conseguiu manter o órgão durante dois anos, mas desistiu ao parar de tomar os imunossupressores e pediu para ter a nova mão removida.
Nos Estados Unidos, o primeiro transplante foi feito em 1999, com Linda Cendales presente na equipe médica. O receptor vive com o membro até hoje e é o caso mais duradouro deste tipo de transplante. A médica também participou do segundo transplante de mão no país, realizado em 2001.

domingo, 27 de março de 2011

Nossa galáxia pode conter 2 bilhões de planetas com vida alienígena



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Ultimamente, os cientistas andaram fazendo cálculos e tentando encontrar probabilidades e porcentagens para a vida alienígena no universo.

Agora, esse número acaba de aumentar: um novo estudo mostra que aproximadamente uma em cada 37 ou uma em cada 70 estrelas como o sol podem abrigar vida extraterrestre. Os dados sugerem que bilhões de planetas como a Terra podem existir na nossa galáxia.

Os novos cálculos são baseados em informações do telescópio espacial Kepler, que em fevereiro surpreendeu o mundo ao revelar mais de 1.200 possíveis mundos alienígenas, incluindo 68 planetas do tamanho da Terra.

O telescópio chegou a essas conclusões observando o escurecimento que ocorre quando um planeta transita ou passa diante de uma estrela.

Em seguida, os pesquisadores da NASA filtraram esses dados, e focaram nos planetas do mesmo tamanho que a Terra em zonas de habitabilidade de suas estrelas, isto é, dentro de órbitas onde a água líquida pode existir na superfície desses mundos.

Depois de analisarem quatro meses de dados, os cientistas determinaram que 1,4 a 2,7% de todas as estrelas parecidas com o sol devem ter planetas semelhantes à Terra (entre 0,8 e 2 vezes o diâmetro da Terra, e dentro da zona de habitabilidade de suas estrelas).

Isso significa dois bilhões de análogos da Terra na nossa galáxia. E isso só na nossa galáxia: há 50 bilhões de outras galáxias, até onde sabemos. Por isso, os cientistas acreditam numa boa chance de encontrar vida, talvez até mesmo vida inteligente, lá fora.

No futuro próximo, os cientistas prevêem que um total de 12 mundos semelhantes à Terra poderão ser encontrados. Quatro deles já foram vistos nos quatro meses de dados divulgados até agora.

Quando se trata das 100 estrelas parecidas com o sol mais próximas do nosso planeta, algumas dentro de um ano-luz de distância, os resultados sugerem que apenas cerca de 2 mundos semelhantes à Terra podem ser encontrados.

E tais números podem subir. As estrelas anãs vermelhas também podem hospedar planetas semelhantes à Terra, e essas estrelas são muito mais comuns do que as estrelas parecidas com o sol. Porém, é muito mais difícil detectar um planeta do tamanho da Terra em trânsito na frente de uma anã vermelha, então os cientistas estão tentando identificar os planetas em volta dessas estrelas pela força gravitacional que eles exercem uns sobre os outros.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tecnologia de um futuro bem próximo

Corning é uma tecnologia desenvolvida pela Samsung, utilizando superfície transparentes de vidro ou de materiais similares, já é possível atualmente assistir com uma TV LCD desta forma. As placas são alimentadas por energia solar, fotovoltáicas, energia limpa. Claro que isso é algo para daqui há alguns anos, a tecnologia está sendo desenvolvida e aperfeiçoada, os preços atualmente estão muito inacessíveis para a maioria da população.

Menino de 13 anos cursa três faculdades na Argentina

Família de Kouichi Cruz chegou a achar que garoto era autista, até que exame de QI revelou inteligência acima da média.
Aos 13 anos de idade, o argentino Kouichi Cruz é o aluno mais novo da Faculdade de Matemática, Astronomia e Física (FAMAF) da Universidade de Córdoba. Ele estudará ainda, simultaneamente, engenharia informática e ciências econômicas na mesma universidade.
Kouichi é filho único, mora com uma tia, Alejandra Perez, na cidade de Córdoba, e seus pais vivem na Espanha, onde trabalham. 'Kouichi está tendo a infância que quer ter. Ele é feliz assim, estudando', disse à BBC Brasil a tia Alejandra Perez. Ela contou que no início, quando Kouichi era bebê, a família chegou a pensar que ele fosse 'autista'. Mas aos quatro anos de idade, os exames médicos indicaram que o menino tinha o QI mais alto que a média das crianças da sua idade. 'Kouichi sempre soube o que quis: estudar matemática, informática, engenharia. Para ele, são carreiras que se complementam', disse a tia.
Kouichi disse que aula na universidade não foi tão difícil como imaginou (Foto: Daniel Cáceres / Clarín ) 
 
Kouichi disse que aula na universidade não foi tão difícil como imaginou (Foto: Daniel Cáceres / Clarín )
A rotina do garoto é diferente do cotidiano dos meninos da sua idade, especialmente a partir deste ano, depois de ter passado nas provas para entrar na universidade. 'Ele estuda de manhã e também à tarde. E em casa, quando não está resolvendo problemas de matemática, gosta de assistir alguns programas de comédia na televisão', conta ela. Futebol ou outros esportes não fazem parte de sua agenda de interesses.
O menino nasceu na cidade de Bahia Blanca, na província de Buenos Aires. Seus pais se mudaram para a província de Jujuy, no norte do país, porque ali ele podia estudar mais adiantado que os colegas da sua idade, sem ter que respeitar um cronograma por faixa etária.
No primeiro dia de aula, nesta semana, o universitário disse ao jornal Clarín que as aulas foram mais fáceis do que imaginou. 'A aula não foi tão simples como no segundo grau, mas também não foi tão complicada como cheguei a imaginar', afirmou.
Kouichi, segundo a tia, é 'rápido' para resolver questões matemáticas, tímido no início de uma nova conversa, mas decidido em relação ao que quer ser quando crescer. 'Ele quer ser empresário e acha que estudar é fundamental para esta meta', disse a tia.
O reitor da FAMAF, Daniel Barraco, afirmou ao jornal argentino que é a primeira vez que um menino de 13 anos está entre os universitários dessa carreira. 'Sinto enorme emoção por ter aqui uma pessoa tão jovem e tão inteligente na faculdade. Mas sabemos que por ele ser tão jovem também aumenta nossa responsabilidade em relação a ele', disse Barraco.
Os pais de Kouichi - ela é farmacêutica; ele, anestesista - choraram ao deixar o menino com a tia materna. 'Mas, apesar das lágrimas, eles só estão respeitando a vontade do menino que há muito tempo sabia onde e que carreira universitária seguir. Eles só o deixem voar porque sabem o que ele quer', disse a tia.
Kouichi, contou, é assim chamado obedecendo a filosofia budista seguida pelos pais. 'Nos contaram que Kouichi quer dizer 'o primeiro' e 'brilhante' e o nome realmente foi feito pra ele' afirma.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tornado de fogo assusta Budapeste

Os moradores de Kistarcsa, na periferia de Budapeste (Hungria), viveram um drama na terça-feira, com a formação de um assustador tornado de fogo na região. O fenômeno destruiu uma fábrica de plásticos. Não houve vítimas.
Os tornados de fogo geralmente se formam de incêndios florestais e a altura varia de 10 a 50 metros, durando poucos minutos. Entretanto há registros de tornados com até com 1.600 metros de extensão.

O caso mais mortal envolvendo um tornado de fogo na História ocorreu em 1923, em Kanto, no Japão. Na ocasião, cerca de 38 mil pessoas morreram em 15 minutos. As mudanças climáticas podem ser responsáveis pela multiplicação desses fenômenos a médio prazo.

Cientistas criam microscópio mais potente do mundo

Utilizando minúsculas contas de vidro, cientistas desenvolveram técnica para observar objetos de 50 bilionésimos de metro.

Microscópio potente 1 (Foto: Nature Communications / via BBC) 
Cientistas da Universidade de Leicester usam aparelho, que permite ver objetos em pequena
escala (Foto: Nature Communications / via BBC)
Cientistas britânicos conseguiram fazer com que um microscópio ótico conseguisse enxergar objetos de cerca de 50 nanômetros (um metro dividido em um bilhão de partes), oferecendo um olhar inédito sobre o mundo "nanoscópico". A técnica, que alcança a maior resolução de que se tem notícia, poderia ser utilizada para observar vírus, diz a equipe de pesquisadores.
Com a ajuda de minúsculas contas de vidro, o procedimento faz uso das chamadas ondas infinitesimais, emitidas muito próximas de um objeto e que normalmente se perdem. Os cientistas fazem com que as contas de vidro recuperem esta luz e refaçam o foco, canalizando-a para um microscópio comum.
O método permitiu aos pesquisadores ver com os próprios olhos níveis de detalhes normalmente só identificados por observação indireta, como a microscopia através da força atômica e varreduras com emissão de elétrons. Os detalhes foram publicados na revista acadêmica "Nature Communications".
Descoberta
Utilizar a luz visível - o tipo de luz captada pelo olho humano - para observar objetos dessa escala é, de certa maneira, romper as regras da teoria da luz. Normalmente, os menores objetos visíveis são definidos por um parâmetro conhecido como limite da difração.
Ondas leves natural e inevitavelmente se dispersam de tal maneira a limitar ao alcance do seu foco, ou o tamanho do objeto que pode ser capturado. As ondas infinitesimais que são produzidas na superfície dos objetos tendem a se enfraquecer com a distância - mas elas não estão sujeitas ao limite da difração.
Se capturadas, as ondas infinitesimais oferecem uma resolução muito mais alta que a obtida por métodos padrões de captação de imagens, explica o pesquisador do Centro de Pesquisa de Processamento a Laser da Universidade de Manchester, Lin Li.
Observação
Para observar os objetos, a equipe colocou contas de vidro com tamanho entre dois e nove milionésimos de metro na superfície das amostras.
Microscópio potente 2 (Foto: Nature Communications / via BBC) 
'Contas' transparentes permitem refocar ondas normalmente perdidas em observações com outros aparelhos (Foto: Nature Communications / via BBC)
As contas coletam a luz transmitida através das amostras, captando as ondas infinitesimais e focando-as de maneira a serem observadas por um microscópio comum.
A equipe conseguiu observar objetos minúsculos, como marcas em escala nanométrica em discos de Blu-Ray.
Mas o professor Li acredita que a técnica possa ser utilizada em estudos biológicos mais ambiciosos, nos quais ações em nanoescala são difíceis de observar diretamente. "A área onde acreditamos haver interesse é a observação de células, bactérias e até vírus", afirma Li.
Métodos indiretos de observação conseguiram enxergar objetos a uma resolução de um nanômetro e até os traços de uma única molécula. Mas nenhum deles é tão simples quanto a observação direta através do microscópio.
"Usar a tecnologia corrente requer muito tempo. Por exemplo, usar microscopia ótica fluorescente requer dois dias para preparar a amostra e a taxa de sucesso dessa preparação é de 10 a 20%", exemplifica o pesquisador. "Isto ilustra o ganho potencial de introduzir métodos de observação direta."

terça-feira, 1 de março de 2011

Brasileiros acham proteína que pode ser usada em tratamento contra Aids

Substância faz células de defesa do corpo identificarem melhor o HIV. Medicamento não é preventivo, mas pode melhorar a vida dos doentes.

Pesquisadores brasileiros conseguiram identificar uma proteína que vai ajudar a desenvolver no Brasil uma vacina para o tratamento da Aids. O trabalho foi feito por cientistas de três universidades no país: em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Pernambuco.
O tratamento desenvolvido com vacina terapêutica por pesquisadores das universidades federais de Pernambuco e do Rio de Janeiro e da Universidade de São Paulo não é preventivo, mas pode melhorar a qualidade de vida dos doentes. Dezoito pacientes já testaram a vacina e a metade deles teve a carga viral reduzida a quase zero.
Os pesquisadores quiseram saber porque um grupo de pacientes reagiu melhor à medicação do que o outro. A resposta está nos fatores genéticos. As células de defesa dos pacientes que mais reduziram a carga viral produzem uma quantidade maior de uma proteína específica, chamada NALP.
“O papel desta proteína no combate ao vírus da Aids é reconhecer o vírus e chamar a atenção de outras proteínas inflamatórias que geram a cascata de eventos moleculares, visando à destruição do vírus mesmo”, afirma Sérgio Crovella, professor da UFPE.
A partir da presença da proteína NALP nas células de defesa, os pesquisadores desenvolveram um marcador genético, que permite identificar quais os pacientes mais resistentes e os mais vulneráveis ao vírus da Aids.
A descoberta vai definir o critério de seleção dos doentes para os estudos e poderá melhorar a qualidade da vacina. O mais novo passo em direção à vacina terapêutica está sendo comemorado pela comunidade científica.
“Ajuda a gente a pensar melhor, a entender melhor o mecanismo da doença e da infecção, e a confecção mais inteligente da vacina”, diz Luiz Cláudio Arraes Alencar, afirma o pesquisador da UFPE.